

Pantanal ganha plano para fortalecer cadeias pecuárias
Estudo da Semadesc mira sustentabilidade de atividade centenária que representa 6,8% do PIB estadual
Mato Grosso do Sul apresenta Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal, resultado de estudo abrangente que mapeia atividade centenária na região. A Semadesc coordena iniciativa que abrange 11 sub-regiões pantaneiras e representa 27% do território estadual. Consequentemente, o plano visa modernizar pecuária sustentável que gera 6,8% do PIB estadual e beneficia tanto produtores familiares quanto grandes fazendas.
Estudo mapeia 300 anos de pecuária em 11 sub-regiões pantaneiras
A atividade pecuária existe há 300 anos no Pantanal e agora recebe olhar diferenciado através de estudo técnico da Semadesc. Especificamente, o levantamento abrange 11 sub-regiões e verifica indicadores como produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivos. Dessa forma, o mapeamento detalha desafios e oportunidades para principais atividades pecuárias da região.
Secretário Jaime Verruck explica que “o grande foco é a questão da bovinocultura por entender que atividade é praticada há pelo menos 300 anos no Pantanal”. Ademais, o estudo fundamenta políticas públicas baseadas em dados científicos sobre a realidade atual da pecuária pantaneira. Portanto, decisões estratégicas terão embasamento técnico sólido para desenvolvimento sustentável.
Sustentabilidade une produtores familiares e grandes fazendas
O plano beneficia diferentes perfis produtivos, desde agricultura familiar até grandes propriedades rurais. Paralelamente, práticas de manejo adequado incluem taxa de lotação apropriada e diferimento de pastagens conforme grau de inundação. Ou seja, sustentabilidade ambiental integra-se à viabilidade econômica dos empreendimentos.
Boas práticas de manejo nas áreas úmidas do Pantanal proporcionam incremento da resiliência das pastagens nativas. Além disso, favorecem provimento de serviços ecossistêmicos como retenção de água, ciclagem de nutrientes e biodiversidade. Assim sendo, modelo produtivo une conservação ambiental com desenvolvimento econômico regional.
Selos de origem e rastreabilidade impulsionam exportação
O plano propõe criação de selos de origem que certificam qualidade e procedência da carne pantaneira. Ademais, incentivo à exportação via ampliação de habilitação de frigoríficos fortalece acesso a mercados internacionais. Consequentemente, rastreabilidade do couro agrega valor à cadeia produtiva completa.
Selos de qualidade e indicações geográficas valorizam produtos pantaneiros no mercado nacional e internacional. Paralelamente, certificação de origem diferencia carne produzida em sistema sustentável. Portanto, agregação de valor beneficia produtores através de preços premium pelos produtos certificados.
Pagamento por serviços ambientais revoluciona setor
Pagamento por serviços ambientais representa inovação que remunera produtores pela conservação. Especificamente, práticas sustentáveis como preservação de nascentes e manejo adequado de pastagens geram créditos ambientais. Dessa forma, pecuária torna-se atividade duplamente rentável: produção + conservação.
MS posiciona-se para COP-30 como exemplo de pecuária competitiva e sustentável. Ademais, através da integração lavoura-pecuária-floresta, consegue certificar pecuária como atividade de baixa emissão de carbono. Assim sendo, modelo sul-mato-grossense serve de referência para políticas nacionais de desenvolvimento sustentável.
Integração com políticas estaduais de desenvolvimento
O Programa Precoce MS demonstra sucesso em incentivos à pecuária sustentável, destinando mais de R$ 117 milhões em 2024. Paralelamente, redução de 4 milhões de hectares de pastagens para outras atividades manteve rebanho e aumentou produção. Consequentemente, ganho em produtividade comprova eficácia da tecnologia aplicada.
Cooperativismo também fortalece cadeias produtivas pantaneiras através de 137 cooperativas que geram 15 mil empregos diretos no estado. Finalmente, articulação intersetorial entre Semadesc, cooperativas e produtores cria ecossistema integrado de desenvolvimento regional sustentável.
Última atualização em 8 de julho de 2025
Compartilhe este conteúdo:
Publicar comentário