

Final de Semana Trágico Registra 5 Mortes em Acidentes Simultâneos em MS
Onda de acidentes fatais expõe crise sistêmica na segurança viária sul-mato-grossense
Mato Grosso do Sul viveu seu final de semana mais trágico de 2025. Cinco vidas perdidas simultaneamente em diferentes rodovias estaduais e federais revelam uma crise alarmante na segurança viária.
O cenário devastador começou na MS-141, onde mãe e filha morreram após o carro cair no Rio Ivinhema. Paralelamente, outro motorista perdeu a vida em Dourados quando seu veículo atingiu uma árvore e pegou fogo.
Tragédias se Multiplicam pelas Rodovias
Ademais, a BR-163 registrou colisão fatal entre caminhonete e carreta em Nova Alvorada do Sul. Consequentemente, a MS-306 em Costa Rica presenciou engavetamento que deixou um caminhoneiro ferido.
Finalmente, Porto Murtinho completou o cenário trágico. Um homem de 35 anos, natural do Ceará, morreu após seu carro cair no Rio Paraguai.
MS Enfrenta Epidemia de Mortes no Trânsito
Os números de 2025 são alarmantes e revelam tendência preocupante. Mato Grosso do Sul já contabiliza mais de 114 mortes no trânsito este ano, superando marcas históricas.
Especificamente, maio registrou 30 óbitos – o maior índice para esse período desde 2022. Campo Grande lidera as estatísticas com 27 mortes, seguida por Dourados com 12 vítimas.
Portanto, a média atual é de quase uma morte por dia nas estradas e vias urbanas do estado. Isto é, uma família enlutada diariamente por falhas evitáveis.
Rodovias Federais Entre as Mais Perigosas do Brasil
MS possui duas rodovias no ranking nacional das mais perigosas. A BR-163 ocupa a 6ª posição com 2.516 acidentes e 240 mortes em 2024.
Similarmente, a BR-262 figura em 9º lugar com mais de 1.800 acidentes e 152 óbitos no mesmo período. Juntas, essas rodovias registraram mais de 4.300 acidentes e 392 mortes.
Por outro lado, a MS-306 mantém-se líder no ranking de rodovias estaduais mais perigosas pelo quarto ano consecutivo.
Perfil das Vítimas Revela Padrão Preocupante
Jovens entre 18 e 30 anos são as principais vítimas do trânsito em MS, representando a maioria dos óbitos. Motociclistas respondem por 51% das mortes fatais registradas.
Diferentemente do esperado, 77% das vítimas são homens, indicando comportamentos de risco específicos desse grupo. Das 258 mortes entre 2023 e 2025, 131 foram motociclistas.
Dessa forma, o perfil típico da vítima é homem jovem, motociclista, em horários de maior movimento.
Campo Grande Concentra Maior Número de Ocorrências
A capital registrou média de 33 acidentes diários apenas no primeiro mês de 2025. Foram 999 acidentes que resultaram em 379 vítimas e duas mortes em janeiro.
Além disso, o centro da cidade é o local onde mais acontecem colisões, seguido pelos bairros Amambaí, Tijuca e Nova Lima. Esses locais registram entre 30 e 50 acidentes por semestre.
Contudo, campanhas educativas mostram-se insuficientes para reverter o crescimento das estatísticas.
Principais Causas Identificadas pelas Autoridades
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, falhas humanas continuam como principal causa das tragédias. Ultrapassagens arriscadas, falta de cinto de segurança e direção sob influência lideram os motivos.
Adicionalmente, uso de celular ao volante e excesso de velocidade são infrações frequentes. A falta de atenção aparece como causa predominante segundo o Detran-MS.
Em contrapartida, problemas de infraestrutura também contribuem para o cenário alarmante.
Impacto Além das Estatísticas
Cada número representa famílias destroçadas e sonhos interrompidos prematuramente. O sistema de saúde também sofre sobrecarga com 8.803 vítimas atendidas na Santa Casa de Campo Grande apenas entre janeiro e abril.
Subsequentemente, internações prolongadas, cirurgias complexas e sequelas irreversíveis impactam toda a sociedade. O custo social e econômico é incalculável.
Medidas Urgentes São Necessárias
As autoridades precisam apresentar plano emergencial para reduzir a mortalidade nas estradas. Investimentos em infraestrutura, fiscalização e educação são fundamentais.
Simultaneamente, campanhas de conscientização devem ser intensificadas com foco nos grupos de maior risco. A implementação de tecnologias de monitoramento também se faz necessária.
Finalmente, a sociedade civil deve cobrar ações efetivas para que segunda-feiras trágicas como esta não se repitam.
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