

Contra-Ataque III: PF Desmonta Arsenal em Bairros Nobres
Operação revela esquema bilionário de tráfico e lavagem usando empresas de fachada
A Polícia Federal deflagrou hoje (14) a Operação Contra-Ataque III em Campo Grande, desmantelando rede criminosa que fornecia armas e drogas para o Triângulo Mineiro. Consequentemente, bairros nobres como Damha II e Jardim Tijuca se tornaram cenário de uma das maiores apreensões do ano.
PF Desmonta Rede Criminosa em Bairros Nobres de Campo Grande
A operação cumpriu 4 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em residências e empresas da capital. Primeiramente, alvos no condomínio de luxo Damha II chamaram atenção pela sofisticação do esquema. Além disso, oficinas mecânicas no Jardim Tijuca serviam como fachada para lavagem de dinheiro.
Adalto Rodrigues de Souza Junior, dono de garagem na Avenida Gunter Hans, foi detido junto com a esposa Evellyn Moura do Carmo. Por outro lado, outros empresários também foram alvos da operação que bloqueou contas bancárias e sequestrou imóveis vinculados ao esquema.
A Receita Federal participou ativamente da ação, identificando empresas sem lastro fiscal compatível com as movimentações financeiras registradas. Consequentemente, foram apreendidos veículos de luxo como Camaro, SW4, Jeeps Renegade e Compass, além de um jet ski.
Armas Escondidas em Telhado Revelam Sofisticação do Esquema
O momento mais marcante da operação aconteceu no Damha II, quando drone da PF localizou celulares escondidos no telhado de uma mansão. Especificamente, agentes precisaram usar escadas para acessar os aparelhos jogados pelo suspeito para despistar a investigação.
Armas e munições foram apreendidas em diferentes pontos da cidade. Ademais, a descoberta de arsenal escondido demonstra o nível de planejamento da organização criminosa. Portanto, investigadores trabalham para mapear toda a rede de fornecimento e distribuição.
As apreensões incluíram ainda veículos de transporte de animais de um haras, evidenciando como atividades legítimas eram usadas para mascarar operações ilícitas. Dessa forma, a investigação revela tentáculos do crime organizado em diversos segmentos econômicos.
Empresas de Fachada Mascaravam Origem Bilionária do Dinheiro
A sofisticação do esquema impressiona pela variedade de empresas envolvidas. Primeiramente, foram alvos negócios como Aliança Transporte de Veículos, War Transportes, Play Motors e WR Martelinho Express. Posteriormente, descobriu-se envolvimento de salões de beleza, lojas de roupas e até ateliês.
O modus operandi utilizava mercadorias agrícolas para ocultar drogas durante transporte. Além disso, empresas ligadas aos investigados recebiam valores das negociações sem justificativa fiscal. Consequentemente, atividades como comercialização de veículos e oficinas mecânicas serviam para “limpar” a origem ilícita dos recursos.
Lista Completa de Empresas Investigadas
Transportes e Veículos: Aliança Transporte, War Transportes, Play Motors
Serviços Especializados: WR Martelinho Express, Conect Peças
Agronegócio: Subprodutos Bovinos Ltda
Comércio Diverso: Ateliê da Nana, Duas Nações Materiais
Moda e Beleza: Lolya-Nyclothes, Stilo Diva
Indústria: Embaplast
Conexão com Minas Gerais Expõe Alcance Interestadual
A investigação teve origem em materiais apreendidos pela FICCO de Minas Gerais contra organização do Triângulo Mineiro. Especificamente, após identificar fornecedores em Campo Grande, a 1ª Vara Criminal de Uberaba autorizou compartilhamento de provas.
O esquema revelou rede complexa de fornecimento que conecta MS e MG através de rotas sofisticadas. Por outro lado, demonstra como crime organizado opera sem fronteiras estaduais. Ademais, coordenação entre forças policiais se mostra essencial para desarticular redes interestaduais.
Investigadores trabalham agora para mapear extensão total da rede criminosa. Consequentemente, novas fases da operação podem atingir outros estados. Portanto, Contra-Ataque III representa apenas primeira etapa de investigação mais ampla.
Números da Operação
Mandados Cumpridos: 4 prisões + 13 buscas
Valores Bloqueados: R$ 5 milhões por pessoa/empresa
Veículos Apreendidos: Camaro, SW4, 2 Jeeps, jet ski
Participantes: 60 policiais federais + 14 auditores da Receita
Impacto na Segurança Pública de Campo Grande
A operação representa golpe significativo no crime organizado que atua na capital. Primeiramente, desarticulação da rede reduz fornecimento de armas para outras organizações. Posteriormente, bloqueio de recursos financeiros enfraquece estrutura logística dos grupos.
Moradores do Damha II e adjacências expressaram surpresa com descobertas em área considerada segura. Ademais, presença de arsenal em condomínio de luxo alerta para infiltração do crime em todas as classes sociais. Portanto, investigação demonstra que criminalidade não respeita barreiras socioeconômicas.
Autoridades reforçam que operação é fruto de trabalho de inteligência de longo prazo. Consequentemente, outras ações similares estão planejadas. Dessa forma, PF mantém pressão constante sobre organizações criminosas que atuam no estado.
Última atualização em 14 de agosto de 2025
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