UFMS Anula Promoção de Professor Condenado por Estupro

UFMS anula promoção de professor condenado por estupro após pressão estudantil. Docente permanece afastado aguardando processo administrativo.

UFMS Anula Promoção de Professor Condenado por Estupro

Universidade recua após repercussão negativa e mantém docente afastado

A UFMS anunciou hoje (16) a anulação da promoção concedida ao professor de Biologia condenado por estupro de uma aluna. Consequentemente, a decisão corrige falha que gerou indignação na comunidade acadêmica após a progressão ter sido publicada em 11 de agosto.

Universidade Recua Após Pressão Estudantil e Social

A reversão da promoção ocorreu cinco dias após sua publicação oficial. Primeiramente, a progressão elevou o docente de Adjunto/4 para Associado/1, gerando aumento salarial de 23,5%. Além disso, a medida provocou revolta entre estudantes que questionaram critérios institucionais.

“O servidor está impedido de obter progressões referentes ao período 2023-2025”, informou a UFMS em nota oficial. Por outro lado, a universidade confirmou que o professor permanece integralmente afastado. Consequentemente, aguarda conclusão do processo administrativo disciplinar instaurado após a condenação.

A pressão social se intensificou após divulgação do caso pela imprensa. Ademais, redes sociais amplificaram críticas à postura institucional. Portanto, UFMS optou pela correção imediata para preservar credibilidade institucional.

Caso Revela Falhas no Sistema de Progressão Acadêmica

A promoção automática expõe vulnerabilidades nos critérios de progressão funcional. Especificamente, sistema não considerou situação judicial do docente. Além disso, revela desconexão entre setores administrativos da universidade.

O professor foi condenado em março a oito anos de prisão em regime semiaberto. Ademais, deve pagar R$ 30 mil por danos morais à vítima. Contudo, progressão funcional seguiu tramitação normal, ignorando condenação judicial.

Segundo portal da transparência, professor recebeu em junho R$ 20.167,44, incluindo gratificação natalina. Por outro lado, mantém salário integral durante afastamento. Consequentemente, situação gera questionamentos sobre uso de recursos públicos.

Sistema de Avaliação Docente em Questão

A falha institucional levanta questões sobre critérios de promoção acadêmica. Primeiramente, avaliar apenas aspectos técnicos ignora conduta ética. Posteriormente, ausência de filtros morais compromete ambiente universitário.

Especialistas em gestão universitária recomendam revisão dos protocolos. Ademais, sugerem inclusão de aspectos comportamentais na avaliação docente. Dessa forma, previne-se futuras situações constrangedoras.

Protestos Estudantis Expõem Clima de Insegurança no Campus

Manifestações estudantis revelaram ambiente de tensão na universidade. Primeiramente, cerca de 40 estudantes protestaram em frente à Reitoria em março. Posteriormente, mobilização se intensificou após descoberta da promoção.

“UFMS, vê se escuta, quem estupra não educa”, gritaram manifestantes com faixas e cartazes. Além disso, questionaram eficácia da campanha institucional “Eu Respeito”. Por outro lado, cobraram medidas concretas para proteção estudantil.

Uma ex-aluna de 30 anos, vítima de assédio do mesmo professor, declarou: “A decisão judicial dá um gostinho de justiça, mas ainda há impunidade”. Ademais, relatou que “nenhum julgamento paga o que ele fez”.

Denúncias Revelam Padrão de Comportamento

Estudante de 21 anos expôs conhecimento prévio sobre o caso: “Era aquela coisa de que todo mundo sabia, mas ninguém falava”. Consequentemente, revelou falhas no sistema de denúncias da universidade. Ademais, questionou: “Será que as alunas se sentem seguras em sala de aula?”.

Relatos indicam existência de “milhares de denúncias na ouvidoria”. Por outro lado, aparente inação institucional gerou desconfiança estudantil. Portanto, caso expõe necessidade de revisão dos protocolos de segurança.

Processo Administrativo Aguarda Conclusão com Professor Afastado

O docente está afastado desde março, quando foi condenado judicialmente. Primeiramente, prazo inicial era de dois meses. Posteriormente, foi prorrogado em maio e julho. Consequentemente, atual período termina em setembro, podendo haver novas extensões.

A UFMS instaurou Comissão de Processo Administrativo Disciplinar sob supervisão da Corregedoria. Ademais, investiga responsabilidade funcional do servidor. Por outro lado, processo tramita independentemente da decisão judicial.

Instituto de Biociências e curso de Biologia rejeitam retorno do professor. Especificamente, não pretendem recebê-lo enquanto PAD não for concluído. Ademais, ambiente acadêmico permanece hostil à sua presença.

Crime Ocorrido em 2016 em Festa Universitária

O estupro aconteceu durante festa em república estudantil. Especificamente, professor seguiu aluna embriagada até quarto e trancou a porta. Posteriormente, vítima foi encontrada nua, desorientada e chorando.

Amigas perceberam comportamento inadequado durante a festa. Ademais, viram professor “passando as mãos pelo corpo da vítima”. Consequentemente, levaram a jovem para descansar, mas ele a seguiu.

No dia seguinte, professor pediu que vítima tomasse pílula do dia seguinte. Ademais, tentou minimizar ocorrido. Contudo, denúncia foi formalizada e tramitou por nove anos até condenação.

Políticas Institucionais de Prevenção Precisam de Revisão

O caso expõe fragilidades nas políticas de proteção da UFMS. Primeiramente, campanha “Eu Respeito” não impediu reincidência de comportamentos inadequados. Posteriormente, sistema de ouvidoria mostrou-se ineficaz.

Especialistas recomendam criação de protocolos mais rigorosos. Ademais, sugerem treinamento específico para servidores. Por outro lado, propõem canais de denúncia mais acessíveis e efetivos.

A universidade precisa reconstruir confiança da comunidade acadêmica. Consequentemente, deve implementar medidas concretas de proteção. Ademais, garantir que casos similares não se repitam no futuro.

O episódio marca momento de reflexão para UFMS. Portanto, oportunidade para fortalecer políticas de gênero e segurança. Ademais, demonstra importância da mobilização estudantil para garantir justiça institucional.

Última atualização em 16 de agosto de 2025

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