

Mundo: brasileira é encontrada morta no Japão, China ganha força na economia global e terremoto de 7,5 atinge Chile e Argentina
Caso policial, mudanças geopolíticas e desastre natural marcam destaques internacionais do início de maio
Três acontecimentos de grande relevância internacional movimentaram o noticiário nesta sexta-feira (3): a morte de uma pesquisadora brasileira no Japão sob circunstâncias suspeitas, a intensificação da influência chinesa na economia global diante da nova política tarifária dos EUA e um forte terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o extremo sul do Chile e da Argentina, provocando alerta de tsunami e evacuações.
Pesquisadora brasileira é encontrada morta no Japão
A brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos, foi encontrada morta em um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na noite de quinta-feira (1º, horário local). Formada em Letras e mestre em Linguística, Amanda estava em viagem pela Ásia e visitava o Japão para acompanhar o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Suzuka. Ela mantinha contato frequente com o namorado no Brasil, mas parou de responder pouco antes do horário previsto para seu voo de retorno.
O corpo foi localizado após familiares acionarem o consulado e a polícia japonesa, que encontrou Amanda com sinais de queimadura e possível asfixia por fumaça. Pertences como bolsa e celular foram roubados. A polícia japonesa investiga latrocínio (roubo seguido de morte) e aponta um homem do Sri Lanka como principal suspeito, embora também tenha sido citado um homem indiano com quem Amanda teria manifestado preocupação dias antes. O Itamaraty e o governo de Goiás prestam assistência à família, enquanto as autoridades japonesas mantêm a investigação sob sigilo.
China avança na nova ordem econômica global
No campo econômico, relatório da Panamby Capital aponta que a China surge como grande beneficiária da atual reconfiguração da ordem econômica global, impulsionada pela política tarifária dos Estados Unidos sob o governo Trump. As tarifas elevadas impostas aos produtos chineses e a instabilidade nas instituições americanas levaram mercados asiáticos e outros blocos, como Europa e América Latina, a se aproximarem da esfera de influência chinesa.
A desaceleração do PIB dos EUA no primeiro trimestre de 2025 e a fuga de capitais para mercados emergentes e moedas como o iene e o franco suíço ilustram esse movimento. Analistas destacam que, embora o impacto seja negativo para todos, os EUA tendem a perder mais, enquanto a China fortalece sua posição e amplia alianças econômicas globais. Negociações tarifárias entre Washington e Pequim seguem em andamento, mas a tensão comercial permanece elevada.
Terremoto de 7,5 atinge Chile e Argentina e provoca alerta de tsunami
Na manhã desta sexta-feira (2), um terremoto de magnitude 7,5 atingiu a região da Terra do Fogo, entre o sul do Chile e da Argentina, com epicentro a cerca de 219 km ao sul de Ushuaia e profundidade de 10 km. O tremor foi sentido em cidades como Ushuaia, Tolhuin e Puerto Williams, mas não há registro de danos estruturais ou vítimas. O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred) emitiu alerta de tsunami e ordenou a evacuação de áreas costeiras da região de Magallanes e bases antárticas chilenas.
Cerca de 2 mil pessoas foram retiradas preventivamente para áreas seguras, e o alerta foi suspenso após avaliação de baixo risco de tsunami, graças à barreira natural formada pelas ilhas Hoste e Navarino. Autoridades locais recomendam que a população permaneça atenta a possíveis réplicas e siga orientações oficiais.
Perspectivas e próximos desdobramentos
Os três episódios evidenciam a complexidade dos desafios internacionais atuais: a necessidade de respostas rápidas a crimes contra cidadãos no exterior, o impacto de decisões econômicas globais nas relações entre grandes potências e a importância da preparação para desastres naturais em regiões vulneráveis. As investigações sobre o caso da brasileira no Japão continuam, enquanto o cenário econômico global segue em transformação e autoridades chilenas e argentinas monitoram possíveis réplicas sísmicas.
Compartilhe este conteúdo:
Publicar comentário