

Lady Gaga reúne 2,1 milhões de pessoas em show histórico em Copacabana e supera Madonna
Apresentação da turnê “Mayhem” no Rio de Janeiro bate recorde de público da cantora e se torna o terceiro maior evento já realizado na praia carioca
Lady Gaga realizou o maior show de sua carreira na noite deste sábado (3), reunindo 2,1 milhões de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, segundo dados da Riotur. A apresentação gratuita, parte do projeto “Todo Mundo no Rio”, superou o público de Madonna no ano passado, que atraiu 1,6 milhão de espectadores, e se consolidou como o terceiro maior evento já realizado na famosa praia carioca, ficando atrás apenas dos shows de Rod Stewart (3,5 milhões) em 1994 e Jorge Ben Jor com Tim Maia (3 milhões) em 1993.
Uma década de espera e um espetáculo inesquecível
A apresentação marcou o retorno da artista ao Brasil após mais de dez anos desde sua primeira e única passagem pelo país em 2012. Os fãs aguardavam ansiosamente este momento, especialmente após o cancelamento de sua participação no Rock in Rio 2017 por problemas de saúde relacionados à fibromialgia.
O show, que começou às 22h09 com um pequeno atraso em relação ao horário previsto, foi estruturado como uma “ópera gótica” dividida em cinco atos, seguindo o conceito de sua turnê do álbum “Mayhem”, lançado em março deste ano. Lady Gaga abriu a apresentação com “Bloody Mary”, seguida de “Abracadabra”, momento em que apareceu usando um figurino com as cores da bandeira brasileira.
Durante a apresentação, a cantora fez um discurso emocionado agradecendo ao público brasileiro por esperar tanto tempo para revê-la, contando com um tradutor para facilitar a comunicação. “Brazil, I miss you! Rio de Janeirôôô!”, exclamou a artista em um dos momentos mais aplaudidos da noite.
Fenômeno cultural e mobilização dos fãs
A expectativa pelo show gerou um verdadeiro fenômeno cultural e turístico no país. Milhares de fãs, especialmente da comunidade LGBTQIA+, viajaram de diversas regiões do Brasil para o Rio de Janeiro, criando o que alguns chamaram de “maior êxodo gay” da história recente do país.
Nas areias de Copacabana, um momento simbólico chamou a atenção antes mesmo do início do show: milhares de fãs criaram uma “sinfonia” ao abrir seus leques em sincronia, produzindo um som coletivo que ecoou pela orla. O acessório, muito associado à cultura LGBTQIA+, foi distribuído inclusive pela drag queen Pabllo Vittar, que se apresentou como DJ na abertura do evento.
“Como eu sou LGBTQIAP+, as drags devem ser exaltadas, e a Pabllo é maior do Brasil. Tenho muita honra dela”, comentou a analista de sistemas Paula Beatriz, que viajou do Guarujá especialmente para o show. Maria Rodrigues, outra fã presente, destacou o simbolismo do gesto: “Bater leque representa muito pra gente, né, da comunidade gay.”
Impacto cultural e econômico
O evento não apenas consolidou a posição de Lady Gaga como uma das maiores estrelas pop da atualidade, mas também reforçou o Rio de Janeiro como destino para megaeventos internacionais. O projeto “Todo Mundo no Rio” pretende trazer anualmente, até 2028, grandes atrações internacionais para shows com entrada franca na cidade.
A apresentação contou com abertura dos DJs Cat Dealers & DubDogz às 17h30, seguidos por Pabllo Vittar com o DJ-set do Club Vittar às 19h30. Após o show principal, Tropkillaz e Duda Beat subiram ao palco para encerrar a noite.
Repercussão nas redes sociais e próximos passos
Nas redes sociais, o show viralizou com memes e reações entusiasmadas dos fãs. A hashtag #LadyGagaNoRio esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter durante todo o fim de semana, com usuários destacando momentos marcantes da apresentação e celebrando a magnitude do evento.
Apesar do sucesso, houve relatos de problemas de acessibilidade para pessoas com deficiência, questão que deverá ser aprimorada em futuros eventos de grande porte na cidade.
O show de Lady Gaga em Copacabana não apenas encerrou uma longa espera dos fãs brasileiros, mas também estabeleceu um novo patamar para eventos musicais gratuitos no país, reafirmando o poder da música como elemento de união e celebração cultural.
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