MS se torna 2º maior produtor de etanol de milho com 2,07 bilhões

MS se torna 2º maior produtor de etanol de milho do Brasil com 2,07 bilhões de litros projetados para 2025/26. Setor gera 30 mil empregos diretos.

MS se torna 2º maior produtor de etanol de milho com 2,07 bilhões

Estado consolida posição nacional e projeta crescimento para safra 2025/2026

Mato Grosso do Sul se consolidou como segundo maior produtor nacional de etanol de milho, com projeção de 2,07 bilhões de litros na safra 2025/2026.

Crescimento exponencial do setor no Brasil

O Brasil registrou crescimento de 293% na produção de etanol de milho nos últimos cinco anos. A produção nacional saltou de 1,6 bilhão de litros em 2019/20 para 6,3 bilhões de litros em 2023/24.

Para a safra 2025/26, a estimativa nacional é de 9,9 bilhões de litros. Mato Grosso lidera o ranking, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás como principais produtores.

A Aprosoja divulgou nesta sexta-feira (23) que a expansão sul-mato-grossense aconteceu durante a safra 2024/2025. Consequentemente, o crescimento da demanda interna por etanol e ração animal impulsionou os investimentos no setor.

Infraestrutura robusta gera milhares de empregos

Mato Grosso do Sul conta atualmente com 22 usinas de bioenergia em operação. Dessas, três produzem etanol exclusivamente a partir do milho, enquanto outras processam tanto cana-de-açúcar quanto milho.

O setor gera aproximadamente 30 mil empregos diretos no estado. Além disso, representa 17% do PIB industrial local, demonstrando sua importância estratégica para a economia sul-mato-grossense.

Em 2023/2024, o estado produziu 4,2 bilhões de litros de etanol total. Desse volume, aproximadamente 37% vieram do processamento do milho, evidenciando a diversificação da matriz energética estadual.

Mais da metade do milho produzido em Mato Grosso do Sul é consumida internamente. Portanto, a produção local atende principalmente às demandas de etanol e alimentação animal.

Subprodutos abrem mercado chinês promissor

Além do etanol, o estado produz DDG (Grãos Secos de Destilaria), subproduto usado na nutrição animal. Mato Grosso do Sul responde por cerca de 30% da produção nacional desses farelos.

Na safra 2024/2025, o estado totalizou 1,2 milhão de toneladas de DDG. O produto é utilizado na nutrição de bovinos, suínos, aves, peixes e animais de companhia.

A crescente demanda da China por DDG brasileiro pode impulsionar significativamente as exportações. Essa oportunidade pode elevar preços e incentivar agricultores a ampliar áreas plantadas.

“A abertura do mercado chinês para DDG representa um marco histórico para o setor”, destacou Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho. A demanda chinesa é expressiva, próxima de 7 milhões de toneladas anuais.

Desafios entre mercado interno e exportação

A expansão das exportações de DDG deve movimentar a logística estadual. Consequentemente, gerará mais empregos e aumentará a arrecadação, estimulando outros setores da economia local.

Contudo, a maior exportação de DDG pode reduzir a oferta interna e elevar preços no mercado doméstico. Essa situação preocupa pecuaristas que utilizam o produto na alimentação animal.

O desafio para Mato Grosso do Sul será equilibrar a demanda externa com as necessidades do mercado interno. Portanto, o estado precisa garantir sustentabilidade e crescimento do setor sem prejudicar a pecuária local.

O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, destaca que “o avanço do etanol de milho fortalece a economia regional e contribui para a diversificação da matriz energética nacional”. Além disso, alinha-se aos compromissos de sustentabilidade e redução de emissões.

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