Prefeita de Marituba rebate críticas e transforma caso em debate sobre machismo

Patrícia Alencar (MDB), prefeita de Marituba (PA), virou assunto nacional após vídeo íntimo dançando de biquíni vazar de perfil privado e gerar polêmica sobre machismo na política.

Vídeo íntimo vaza de perfil com 186 seguidores

A prefeita explicou que postou o vídeo há 15 dias em seu Instagram pessoal, que possui apenas 186 seguidores. Um dos seguidores gravou a tela e compartilhou o conteúdo em sites e perfis de notícias.

“Eu fiquei abismada porque é uma coisa íntima, um vídeo íntimo, porque eu postei no meu Instagram pessoal”, declarou Patrícia. O vazamento transformou conteúdo privado em repercussão nacional instantânea.

Além disso, a gestora possui perfil público com mais de 800 mil seguidores, onde compartilha informações sobre trabalho. Contudo, o vídeo polêmico estava restrito ao círculo íntimo.

Prefeita reeleita com 71,50% dos votos mantém legitimidade

Patrícia Alencar está em seu segundo mandato à frente de Marituba, município com 111 mil habitantes na região metropolitana de Belém. Ela foi reeleita em 2024 com 71,50% dos votos válidos.

A prefeita de 37 anos nasceu em Bodocó, no sertão pernambucano, e se mudou para o Pará há 16 anos. Começou vendendo produtos na feira central antes de entrar na política.

Consequentemente, tornou-se a primeira mulher eleita para comandar Marituba em 2020. Sua trajetória demonstra ascensão política baseada em trabalho e proximidade com a população local.

Debate sobre machismo na política ganha força

“Infelizmente o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política”, afirmou Patrícia ao rebater críticas. Ela transformou a polêmica em plataforma contra o machismo.

A prefeita destacou diferenças de tratamento entre gêneros: “Quando um homem se diverte ou relaxa, é visto como autêntico. Mas quando se trata de uma mulher, ela é julgada”.

Portanto, decidiu “fazer do limão uma limonada” e usar a repercussão para combater preconceitos. A estratégia busca transformar crise em oportunidade de debate social.

Repercussão divide opiniões nas redes sociais

Críticos argumentam que o vídeo compromete a imagem institucional do cargo público. “Não se trata de moralismo, mas de responsabilidade com a imagem pública”, comentou um internauta.

Apoiadores defendem o direito à vida pessoal da gestora e elogiam sua autenticidade. Para eles, o vídeo revela figura política acessível e próxima da realidade feminina brasileira.

Ademais, a prefeita publicou desabafo oficial: “Mulher pode ser trabalhadora, mãe e ‘bonitinha’. Pode gostar de dançar, se divertir e, ao mesmo tempo, governar uma cidade com seriedade”.

“Fiquei abismada. É um vídeo íntimo, publicado no meu Instagram pessoal. Um dos seguidores gravou a tela e repassou para perfis de notícias”, explicou a prefeita.

Debate vai além da dança

Especialistas em direito digital alertam para o caráter ilegal do vazamento de vídeos publicados em ambientes restritos. Já ativistas destacam a cobrança moral desigual sobre lideranças femininas, frequentemente pressionadas a manter uma imagem pública “irrepreensível”.

Última atualização: 6 de junho de 2025

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