Centro de Campo Grande perde 2,6 mil empresas em 7 anos

Centro de Campo Grande perde 2,6 mil empresas em 7 anos. CDL aponta redução de 75,9% e propõe revitalização com conceito de "cidades de 15 minutos".

Centro de Campo Grande perde 2,6 mil empresas em 7 anos

CDL aponta redução de 75,9% no quadrilátero e propõe “cidades de 15 minutos” como solução emergencial

Campo Grande enfrenta uma crise empresarial sem precedentes no centro histórico. Entre 2018 e 2025, o número de empresas ativas despencou de 3.439 para apenas 826, representando uma redução devastadora de 75,9%. A Câmara de Dirigentes Lojistas alerta que “o centro não pode mais esperar” e apresenta propostas emergenciais de revitalização.

Dados revelam colapso histórico do comércio central

fechamento de empresas no centro atingiu proporções alarmantes nos últimos sete anos7. Especificamente, o quadrilátero central concentra hoje apenas 24,1% das empresas que operavam em 2018. Consequentemente, milhares de empregos foram perdidos e a arrecadação municipal despencou na região.

Ademais, o ticket médio do comércio local também registrou queda significativa. Dados da CDL indicam que estabelecimentos remanescentes lutam para manter faturamento compatível com custos operacionais crescentes. Portanto, a situação demanda intervenção imediata das autoridades municipais.

Lei da Cidade Limpa e obras reduzem mobilidade urbana

A implementação da Lei da Cidade Limpa contribuiu diretamente para o esvaziamento comercial. Por outro lado, as obras do Reviva Centro, embora necessárias, eliminaram centenas de vagas de estacionamento. Assim sendo, clientes passaram a evitar o centro por dificuldades de acesso e estacionamento.

Paralelamente, a mobilidade urbana deteriorou-se com o fechamento de ruas e redução do transporte público. Ou seja, fatores que historicamente atraíam consumidores foram gradualmente removidos. Contudo, especialistas defendem que planejamento adequado poderia ter minimizado esses impactos.

E-commerce acelera migração do varejo tradicional

digitalização bancária e o crescimento exponencial do e-commerce transformaram hábitos de consumo. Dessa forma, compras online substituíram visitas presenciais ao centro comercial. Além disso, a pandemia acelerou essa transição digital, consolidando novos padrões de comportamento.

Similarmente, bancos digitais reduziram drasticamente a necessidade de agências físicas centrais. Consequentemente, âncoras tradicionais que atraíam movimento perderam relevância. Portanto, o modelo comercial do centro tornou-se obsoleto sem adaptação tecnológica adequada.

CDL propõe conceito de “cidades de 15 minutos”

O presidente da CDL, Adelaido Vila, apresenta o conceito de “cidades de 15 minutos” como solução inovadora. Especificamente, a proposta visa criar bairros autossuficientes onde residentes acessem serviços essenciais caminhando. Ou seja, comércio, saúde, educação e lazer integrados em raio reduzido.

Ademais, a iniciativa incluiria incentivos fiscais para empresas que se instalarem no centro revitalizado. Paralelamente, investimentos em transporte público e ciclovias conectariam diferentes regiões da cidade. Assim sendo, o centro reassumiria papel estratégico na economia urbana.

Experiências exitosas inspiram reconstrução local

Cidades brasileiras como Curitiba e Porto Alegre demonstram sucessos em revitalização de centros urbanos. Por exemplo, Curitiba integrou transporte, habitação e comércio criando polos de atração. Além disso, incentivos para startups e economia criativa rejuvenesceram áreas degradadas.

Similarmente, Campo Grande possui potencial para implementar soluções similares. Contudo, especialistas alertam que sucesso depende de articulação entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil. Portanto, diálogo amplo e planejamento participativo são fundamentais para reconstrução sustentável.

Última atualização em 30 de junho de 2025

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