Prefeitura determina retirada de 98 ônibus velhos em Campo Grande

Prefeitura de Campo Grande determina retirada de 98 ônibus velhos do transporte coletivo. Consórcio Guaicurus tem 30 dias para substituir frota irregular.

Prefeitura determina retirada de 98 ônibus velhos em Campo Grande

A Prefeitura de Campo Grande determinou, nesta quarta-feira (21), a retirada de 98 ônibus velhos do transporte coletivo. O Consórcio Guaicurus tem 30 dias para substituir os veículos fora da idade útil prevista em contrato.

A decisão, publicada no Diário Oficial e assinada pelo diretor-presidente da Agereg, José Mário Antunes da Silva, atende a reiterados descumprimentos do consórcio quanto à idade máxima da frota. Além disso, a medida prevê processo administrativo para aplicação de multa de 5% sobre a receita diária da empresa, por dia de inadimplência.

Segundo a Agereg, a fiscalização identificou que os ônibus em circulação excedem os limites definidos em contrato. O edital de licitação estabelecia que veículos convencionais não poderiam ultrapassar oito anos de uso, enquanto articulados teriam limite de doze anos. Contudo, durante a vigência do contrato, a idade máxima permitida passou para dez anos nos ônibus comuns e quinze nos articulados.

A Diretoria de Serviços Especiais acompanhará a substituição dos veículos. Caso o consórcio não cumpra o prazo, poderá sofrer novas sanções, incluindo a caducidade da concessão. O parecer da Procuradoria Jurídica da agência negou recurso do Consórcio Guaicurus e manteve a penalidade.

A decisão ocorre em meio aos trabalhos da CPI do Transporte Público na Câmara Municipal. A comissão investiga a idade da frota, o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e o papel das agências reguladoras. Segundo o presidente da CPI, vereador Lívio Viana, ao menos 197 ônibus em operação estariam fora do limite permitido.

A reportagem procurou o Consórcio Guaicurus para saber se a empresa pretende cumprir a determinação e se já iniciou a substituição dos veículos. Até o fechamento do texto, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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