

Gás tem novo aumento e preço do botijão pode chegar a R$ 160 em MS
Reajuste anunciado por distribuidoras já começa a ser repassado e pressiona custo de vida dos consumidores no estado
O preço do gás de cozinha terá novo reajuste a partir deste sábado (3) em Mato Grosso do Sul, conforme comunicado das principais distribuidoras do estado. O botijão de 13 kg, que já havia acumulado alta de R$ 25 desde o início do ano, pode atingir até R$ 160 em algumas cidades, elevando ainda mais o custo de vida dos consumidores sul-mato-grossenses.
Contexto do reajuste e justificativas das distribuidoras
O aumento foi anunciado por empresas como Ultragaz e Copagaz, que informaram acréscimos de R$ 3 e R$ 1,43 por botijão, respectivamente. Segundo o Simpergasc-MS (Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP), o impacto será gradual e o valor final pode variar entre os pontos de venda e regiões do estado. Em Campo Grande, o preço médio do botijão já estava em torno de R$ 125 antes do reajuste, mas pode ultrapassar R$ 140 nos próximos dias e chegar a R$ 160 em localidades do interior.
As distribuidoras justificam o aumento com base nas mudanças recentes na política de preços da Petrobras, que desde novembro de 2024 passou a realizar leilões de parte da oferta de GLP. Segundo as empresas, o aumento do volume e do preço mínimo nesses leilões tornou inviável absorver os novos custos sem repassar ao consumidor final. “Esse movimento é essencial para assegurar a continuidade da nossa excelência operacional e reforça nosso compromisso com a transparência nas nossas relações”, destacou a Ultragaz em nota enviada aos revendedores.
Impacto para o consumidor e cenário regional
O reajuste pressiona ainda mais o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda, já que o gás de cozinha é item essencial no dia a dia. Desde o início de 2025, o preço do botijão saltou de R$ 105 para R$ 130, segundo levantamento da ANP, e agora pode chegar a patamares recordes no estado. Em Campo Grande, o preço máximo registrado em abril foi de R$ 120, mas a tendência é de alta generalizada com o novo reajuste.
No interior de Mato Grosso do Sul, o valor costuma ser ainda mais elevado devido a custos logísticos, podendo atingir rapidamente o teto de R$ 160. O Simpergasc-MS orienta que o consumidor pesquise preços e busque pontos de venda autorizados para evitar cobranças abusivas.
Perspectivas e próximos reajustes
O cenário de alta nos preços do gás de cozinha deve persistir enquanto vigorarem as atuais regras de comercialização do GLP, atreladas aos leilões da Petrobras e à volatilidade do mercado internacional. Especialistas apontam que, sem uma política de amortecimento ou subsídio, os reajustes tendem a ser repassados integralmente ao consumidor, afetando o custo de vida e a inflação regional.
A recomendação é que os consumidores acompanhem os comunicados das distribuidoras e fiquem atentos a possíveis novos aumentos ao longo do ano. Órgãos de defesa do consumidor reforçam a importância da transparência nos repasses e da fiscalização para coibir práticas abusivas.
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