Italiano deixa o Real Madrid e se torna o quarto estrangeiro a comandar a equipe pentacampeã mundial

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira nesta segunda-feira (12). O italiano de 65 anos deixa o Real Madrid e assumirá o comando da equipe pentacampeã mundial a partir do dia 26 de maio, tornando-se o quarto estrangeiro a dirigir a seleção masculina principal na história do futebol brasileiro.

Estreia marcada para junho nas Eliminatórias

Ancelotti fará sua estreia oficial no comando da Seleção Brasileira no dia 6 de junho, em partida contra o Equador, válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O Brasil ocupa atualmente a quarta posição na tabela de classificação, com 21 pontos, enquanto os equatorianos estão na vice-liderança, com 23.

O técnico italiano já tem compromissos agendados para os próximos dias. Ele se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral das Seleções Masculinas, e Juan, coordenador técnico, para definir a lista de convocados para os confrontos contra Equador e Paraguai. A convocação oficial será anunciada no dia 26 de maio, quando Ancelotti já estará oficialmente no cargo.

“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é um dos maiores técnicos da atualidade e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro,” afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Salário recorde e expectativas elevadas

De acordo com informações divulgadas, Ancelotti receberá um salário mensal de R$ 5 milhões, tornando-se o técnico de seleção mais bem pago do mundo. O valor supera os vencimentos de Thomas Tuchel, treinador da Inglaterra, que recebe R$ 3,1 milhões mensais, e de Mauricio Pochettino, à frente da seleção dos Estados Unidos, com R$ 2,8 milhões mensais.

A contratação do italiano representa uma aposta alta da CBF para recolocar o Brasil entre as potências do futebol mundial. Ancelotti chega para substituir Dorival Júnior, que deixou o cargo em março após 14 meses à frente da equipe.

“O impacto de Ancelotti vai além de resultados; ele é um estrategista que transforma equipes em lendas. O Brasil, com sua tradição única, e Ancelotti, com sua visão revolucionária, formarão uma parceria que vai entrar para a história”, completou Ednaldo Rodrigues.

Precedentes históricos e novo desafio

Ancelotti será o quarto técnico estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira, após um intervalo de quase 60 anos. Antes dele, o uruguaio Ramón Platero dirigiu a equipe em 1925, o português Jorge Gomes de Lima (Joreca) em 1944, e o argentino Filpo Nuñez em apenas um jogo em 1965.

O italiano deixará o Real Madrid após o último jogo da equipe na La Liga, contra a Real Sociedad, no dia 25 de maio. O treinador ainda tinha um ano de contrato com o clube espanhol, mas a saída foi acertada em comum acordo.

Esta temporada não foi das mais brilhantes para Ancelotti no comando do clube merengue. O Real foi eliminado nas quartas de final da Champions League pelo Arsenal, perdeu a final da Copa do Rei para o Barcelona na prorrogação e está sete pontos atrás da equipe de Hansi Flick no Campeonato Espanhol.

A contratação de Ancelotti era um antigo sonho do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. A entidade tem pressa na definição do novo comandante, já que os próximos compromissos pelas Eliminatórias estão marcados para os dias 4 e 9 de junho, contra Equador e Paraguai, confrontos decisivos na disputa por uma vaga no Mundial de 2026, que será realizado nos Estados Unidos, Canadá e México.

Com um currículo vitorioso que inclui passagens por Milan, Chelsea, Bayern de Munique e Paris Saint-Germain, além do próprio Real Madrid, Ancelotti chega com a missão de conduzir o Brasil ao inédito hexacampeonato mundial.