Tragédia nas estradas preocupa autoridades e reforça apelos por investimentos em infraestrutura viária

A BR‑262, uma das principais rodovias que cortam Mato Grosso do Sul, voltou ao centro das atenções nesta semana após registrar novos acidentes fatais. Só em maio, foram 14 mortes confirmadas em estradas estaduais, segundo dados divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran‑MS). A situação vem provocando comoção pública e cobrando resposta urgente de autoridades.

O trecho entre Campo Grande e Três Lagoas, considerado um dos mais críticos da BR‑262, tem registrado colisões envolvendo veículos de passeio, ônibus e caminhões. Entre os casos mais recentes, está o acidente com um ônibus que teve parte da carroceria atravessada por uma barra de ferro de proteção solta na pista, resultando em duas mortes e vários feridos.

“Estamos lidando com rodovias que não acompanham o crescimento do tráfego. A manutenção está defasada e a sinalização, precária”, alertou um agente da PRF que atua no trecho, sob anonimato.

Além da tragédia humana, o impacto econômico é significativo. A BR‑262 é estratégica para o escoamento da produção agrícola, mas enfrenta erosões, buracos e trechos mal sinalizados, o que compromete a segurança e a logística.

🚧 Falta de infraestrutura e demora nos investimentos

Especialistas apontam que a falta de investimentos em infraestrutura viária em MS é um dos principais fatores para o aumento da insegurança nas estradas. Em entrevista recente, representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário reforçaram que os acidentes poderiam ser evitados com intervenções simples, como reforço da sinalização e manutenção das defensas metálicas.

Enquanto isso, o Governo Federal ainda não confirmou novos recursos para duplicação de trechos críticos da BR‑262. A expectativa é que a bancada federal sul-mato-grossense pressione o Ministério dos Transportes por respostas nas próximas semanas.