

Lideranças Comunitárias: MS Forma Guardiões Contra Violência
SEC inicia capacitação de 40h para multiplicadores territoriais do programa Protege
O Governo de MS realiza dia 16.08 na SEC o primeiro módulo da “Formação de Lideranças Comunitárias em Defesa das Mulheres”. Consequentemente, líderes de bairros, clubes de mães e associações se tornam guardiões territoriais contra a violência de gênero.
Comunidade Vira Linha de Frente no Combate à Violência
A iniciativa mobiliza líderes formais e informais para identificar e prevenir violência doméstica. Primeiramente, capacita agentes comunitários sobre os cinco tipos de agressão. Além disso, ensina protocolos de acolhimento e encaminhamento adequado de vítimas.
“Queremos preparar lideranças para compreender o fenômeno da violência contra a mulher”, explica Manuela Nicodemos, subsecretária de Políticas para Mulheres. Por outro lado, destaca que líderes serão “a voz da política pública no território”.
O curso acontece no auditório da SEC, na Av. Ceará. Ademais, será transmitido para municípios do interior. Portanto, amplia o alcance da formação para os 79 municípios sul-mato-grossenses.
Após 19 Anos da Lei Maria da Penha, Lacunas Persistem
A capacitação reconhece que violências são frequentemente naturalizadas nas comunidades. Especificamente, controle financeiro e agressões verbais passam despercebidos. Além disso, vítimas enfrentam isolamento social e falta de orientação adequada.
“Formas de violência são naturalizadas”, alerta Nicodemos. Por outro lado, líderes comunitários podem quebrar esse ciclo de silêncio. Consequentemente, tornam-se pontes entre vítimas e rede de proteção oficial.
A delegada Ariene Murad, da Deam, participará como instrutora sobre ciclo da violência. Ademais, abordará aspectos legais e procedimentos policiais. Dessa forma, líderes conhecerão caminhos institucionais para denúncias.
Curso Ensina 5 Tipos de Violência e Acolhimento Humanizado
A formação de 40 horas abrange violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Primeiramente, ensina identificação de sinais precoces. Posteriormente, orienta sobre técnicas de acolhimento respeitoso e não revitimizante.
Líderes aprenderão a reconhecer padrões de controle e manipulação. Além disso, conhecerão serviços especializados como o CEAMCa em Campo Grande. Por outro lado, receberão orientações sobre quando acionar Polícia Civil e Ministério Público.
Multiplicação do Conhecimento nos Territórios
Cada participante se compromete a replicar conhecimentos em suas comunidades. Especificamente, organizará rodas de conversa e campanhas educativas. Ademais, articulará rede local de apoio e proteção.
A expectativa é formar agentes transformadores em cada bairro. Consequentemente, cria-se capilaridade das políticas públicas. Portanto, aproxima-se proteção estatal do cotidiano das mulheres.
Rede Comunitária Complementa Ações do Programa Protege
A formação integra estratégia ampla do programa Protege lançado em agosto. Primeiramente, complementa trilha formativa dos grêmios estudantis iniciada hoje [13]. Posteriormente, articula-se com auxílio financeiro de até R$ 24 mil para vítimas.
Viviane Luiza da Silva, secretária de Cidadania, reforça importância da prevenção comunitária. “Transformar a cultura exige educar para o respeito”, afirma ela. Ademais, destaca que combate efetivo necessita participação social ativa.
O programa envolve Educação, Saúde, Segurança e Assistência Social. Por outro lado, reconhece que comunidade é elo fundamental. Consequentemente, investe na capacitação de lideranças locais como estratégia territorial.
Cronograma de Expansão Estadual
Após capacitação inicial em Campo Grande, formação se expande para interior. Especificamente, municípios com maiores índices de violência receberão prioridade. Além disso, adaptações considerarão especificidades rurais e urbanas.
A meta é formar multiplicadores em todos os 79 municípios até dezembro. Ademais, criar rede estadual de líderes capacitados. Dessa forma, fortalece-se prevenção territorial sustentável.
Histórias Reais Motivam Mobilização Comunitária
A professora Indiamara Vendruscolo inspira a iniciativa com seu testemunho. “Tornei minha dor em luta… meu silêncio não me protegia, minha voz sim”, declara a sobrevivente. Por outro lado, demonstra poder transformador da denúncia e apoio social.
Em MS, 21 casos de feminicídio foram registrados em 2025. Contudo, estatísticas não revelam casos impedidos por intervenção comunitária. Portanto, formação de líderes representa investimento na prevenção efetiva.
A mobilização comunitária pode identificar situações antes que se tornem tragédias. Ademais, oferece suporte imediato a mulheres em situação de risco. Consequentemente, fortalece rede social de proteção territorial.
O programa representa marco na política de prevenção de MS. Consequentemente, reconhece comunidade como parceira essencial. Ademais, democratiza conhecimento sobre direitos e proteção social.
Última atualização em 13 de agosto de 2025
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