Corrupção MS: Escândalos Políticos Se Multiplicam no Estado

Corrupção em MS: escândalos se multiplicam com esquemas de R$ 120 milhões. Operações revelam elos entre casos de Claudinho Serra, TCE-MS e TJ-MS.

Corrupção MS: Escândalos Políticos Se Multiplicam no Estado

Operações revelam elos entre casos que somam mais de R$ 120 milhões em desvios

A corrupção em MS ganha novos contornos com revelações que conectam múltiplos escândalos políticos envolvendo desembargadores, conselheiros e ex-políticos em esquemas milionários.

As investigações apontam ligações entre casos aparentemente isolados, formando uma rede de corrupção que permeia diferentes esferas do poder público estadual. Além disso, o Ministério Público intensifica ações para localizar envolvidos e recuperar valores desviados.

Claudinho Serra e o Esquema de R$ 20 Milhões em Sidrolândia

A Operação Tromper revelou que Claudinho Serra (PSDB) comandava organização criminosa responsável por desvios de R$ 20 milhões em Sidrolândia. O ex-vereador, preso novamente em junho de 2025, escalou Marcus Vinícius Rossettini, ex-chefe de licitações do governo Reinaldo Azambuja.

Mensagens interceptadas mostram Claudinho tranquilizando Marcus sobre seus antecedentes criminais: “vc já é do time, não abandonamos parceiro por nada”. Consequentemente, o esquema continuou operando mesmo após as prisões anteriores, levando à quarta fase da operação.

O Gaeco comprovou pagamento de propinas vultosas e ocultação de valores ilícitos através de contratos fraudulentos. Portanto, empresários “agradeciam a Deus” ao serem contemplados nas licitações direcionadas pelo grupo.

Desembargadores Vendem Sentenças por R$ 3 Milhões

A Operação Ultima Ratio expôs esquema de venda de decisões judiciais envolvendo sete desembargadores do TJ-MS. A Polícia Federal encontrou mais de R$ 3 milhões em espécie nas residências dos magistrados, além de armamentos.

Alexandre Bastos movimentou R$ 276 mil em dinheiro vivo entre 2022 e 2024, sendo R$ 219 mil sem origem conhecida. Além disso, Sérgio Fernandes Martins realizou R$ 192 mil em pagamentos em espécie, conforme documentos apreendidos.

O STF mantém afastamento dos desembargadores enquanto a PGR analisa elementos que reforçam a prática criminosa. Contudo, alguns magistrados já retornaram aos cargos após decisões judiciais.

TCE-MS: R$ 100 Milhões Desviados Via Dataeasy

Três conselheiros do TCE-MS permanecem afastados desde 2022 por envolvimento em esquema de R$ 100 milhões através da empresa Dataeasy. Iran Coelho das Neves, Waldir Neves e Ronaldo Chadid são acusados de fraudar licitações e superfaturar contratos.

A empresa Dataeasy cobrava entre R$ 24,87 e R$ 1.194 por “atualização de informações”, gastando R$ 102 milhões entre 2018 e 2022. Por outro lado, o TCE encerrou definitivamente o contrato apenas em janeiro de 2023.

A Assembleia Legislativa solicitou impeachment dos conselheiros ao STJ, alegando insegurança jurídica nos julgamentos. Consequentemente, auditores substitutos assumiram as funções, gerando questionamentos sobre a legitimidade das decisões.

Elos Revelam Rede Estruturada de Corrupção

Marcus Vinícius Rossettini emerge como figura central que conecta diferentes esquemas de corrupção no estado. O ex-chefe de licitações do governo Reinaldo participou de fraudes na Educação, Hospital Regional e agora em Sidrolândia.

As investigações mostram padrão similar nos esquemas: licitações direcionadas, empresas fantasmas, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Além disso, servidores públicos estratégicos facilitavam as fraudes em troca de benefícios.

O Ministério Público aponta que organizações criminosas permaneceram ativas mesmo após operações policiais. Portanto, autoridades intensificam ações coordenadas para desarticular completamente as redes de corrupção.

Impacto nos Cofres Públicos e Serviços

Os esquemas causaram prejuízos superiores a R$ 120 milhões aos cofres estaduais e municipais. Consequentemente, recursos destinados à educação, saúde e infraestrutura foram desviados para beneficiar grupos criminosos.

A corrupção no TCE-MS comprometeu a fiscalização de contas públicas durante anos. Por outro lado, a venda de sentenças no TJ-MS prejudicou instituições financeiras e empresas em valores milionários.

O combate aos esquemas envolve forças-tarefa do Gaeco, Polícia Federal e Ministério Público. Além disso, autoridades trabalham na recuperação de ativos e responsabilização dos envolvidos.


Última atualização em 23 de junho de 2025

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