Apreensão de cocaína avaliada em R$ 6 milhões, prisão de advogada ligada ao PCC e investigação de crimes sexuais marcam cenário da segurança pública no estado

As forças de segurança de Mato Grosso do Sul intensificaram operações contra o crime organizado nesta primeira semana de maio de 2025, resultando em diversas prisões e apreensões. Entre as ocorrências mais significativas estão a interceptação de uma carga de cocaína avaliada em R$ 6 milhões que era transportada em caixas de carne congelada, a prisão de uma advogada apontada como gestora financeira de um núcleo do PCC no estado e o avanço nas investigações sobre crimes sexuais contra vulneráveis, incluindo um caso relacionado a um suspeito de estuprar 163 crianças em sete estados brasileiros.

Tráfico de drogas utiliza métodos sofisticados

O combate ao tráfico de drogas tem revelado métodos cada vez mais elaborados para o transporte de entorpecentes. Uma operação policial interceptou uma carga de cocaína avaliada em R$ 6 milhões que era transportada em meio a caixas de carne congelada. Em outro caso, um empresário do ramo alimentício, conhecido como “Legendário de MS”, foi preso ao receber uma carga de cocaína destinada a uma hamburgueria que, segundo as investigações, funcionava apenas como fachada para a atividade ilícita.

As autoridades também apreenderam um adolescente que realizava sua oitava viagem transportando drogas, desta vez com 800 kg de maconha. O caso evidencia a utilização de menores de idade pelo crime organizado, prática que tem preocupado as autoridades pela dificuldade de aplicação de penas mais severas.

Crime organizado e corrupção

A prisão de uma advogada apontada como gestora financeira de um núcleo do PCC em Mato Grosso do Sul demonstra a infiltração do crime organizado em diferentes esferas sociais. Segundo as investigações, ela seria responsável pela movimentação de recursos provenientes de atividades ilícitas.

Paralelamente, a Operação Vostok, que investiga um esquema de corrupção envolvendo o Detran-MS, ganhou novos desdobramentos. David Chita, um dos principais investigados, teria trocado de advogados para negociar um acordo de delação premiada após supostamente receber ameaças. Uma empresa multada por fraude relacionada ao caso afirmou que valores identificados como “propina” seriam, na verdade, pagamentos pela compra de uma fazenda no estado.

Crimes contra vulneráveis e maus-tratos a animais

As autoridades avançam na investigação de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Um caso de grande repercussão envolve um suspeito de estuprar 163 crianças em sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul. Em Dourados, um homem foi preso após ser condenado por divulgar conteúdo sexual de sua ex-companheira.

A crueldade também se estende aos animais. A polícia investiga um caso chocante em que um morador estaria atraindo cachorros para estuprá-los e depois matá-los. O caso gerou grande comoção entre protetores de animais e a população em geral.

Crimes cibernéticos e acidentes fatais

No campo dos crimes cibernéticos, a Associação Juliano Varela foi vítima de um ataque hacker, mas conseguiu recuperar R$ 60 mil que haviam sido furtados. O episódio alerta para a necessidade de maior segurança digital, especialmente em instituições que lidam com recursos financeiros.

O estado também registrou diversos acidentes de trânsito com vítimas fatais, principalmente em Campo Grande e rodovias estaduais. As autoridades reforçam a importância de respeitar as leis de trânsito e adotar comportamentos seguros ao volante.

Perspectivas para a segurança pública

Diante do cenário complexo de criminalidade, as autoridades de segurança pública de Mato Grosso do Sul têm intensificado a cooperação entre diferentes órgãos e investido em inteligência policial. A expectativa é que as recentes prisões e apreensões contribuam para desarticular organizações criminosas e reduzir os índices de violência no estado.

Um deputado estadual também apresentou uma denúncia de sonegação fiscal contra uma mineradora que atua no estado, o que pode resultar em novas investigações e eventual recuperação de recursos para os cofres públicos.