

Moreninhas registra 3º homicídio entre famílias em 16 meses
Conflito entre grupos rivais transforma bairro em cenário de violência urbana
O bairro Moreninhas registrou o terceiro homicídio entre famílias rivais em 16 meses, consolidando um cenário de violência que preocupa moradores e autoridades de segurança pública.
Cronologia da escalada de violência
O primeiro homicídio da série ocorreu em janeiro de 2024, quando um jovem de 19 anos foi executado na Rua Anacá. O crime marcou o início de uma guerra entre famílias que disputam território e influência na região.
Em setembro de 2024, o segundo assassinato vitimou um homem de 32 anos próximo à Praça das Moreninhas. Além disso, o crime aconteceu em plena luz do dia, demonstrando o destemor dos envolvidos.
O terceiro caso ocorreu no último final de semana, quando dois homens foram mortos a tiros na mesma rua do primeiro crime. Consequentemente, a violência retornou ao ponto inicial, evidenciando a natureza cíclica dos conflitos.
Perfil das famílias em conflito
As investigações apontam para disputas entre dois grupos familiares que controlam atividades ilícitas na região. Ambos os grupos possuem histórico criminal e mantêm rivalidade antiga por questões territoriais.
O primeiro grupo é liderado por um homem de 45 anos com passagens por tráfico de drogas e formação de quadrilha. O segundo grupo tem à frente dois irmãos conhecidos por envolvimento em roubos e receptação.
Portanto, a polícia trabalha com a hipótese de que os crimes são motivados por vingança e disputa pelo controle de pontos de venda de drogas. A escalada sugere que nenhum dos lados pretende recuar.
Impacto devastador na comunidade
Moradores relatam clima de terror e insegurança constante no bairro. Muitas famílias evitam sair de casa após o anoitecer e crianças deixaram de brincar nas ruas.
“A gente não tem mais sossego. Qualquer barulho já pensamos no pior”, desabafa uma comerciante local que preferiu não se identificar. O medo afeta diretamente o comércio e a rotina dos trabalhadores.
Ademais, escolas da região reforçaram medidas de segurança e orientaram pais sobre horários mais seguros para buscar os filhos. A violência transformou a dinâmica social de toda a comunidade.
Resposta das autoridades de segurança
A Polícia Civil intensificou as investigações e criou força-tarefa específica para combater os grupos criminosos. Equipes especializadas realizam operações diárias na região desde o último crime.
A Polícia Militar aumentou o patrulhamento ostensivo e instalou base móvel próxima aos locais dos homicídios. Contudo, a efetividade das medidas ainda não se refletiu na redução da tensão local.
O delegado responsável pelo caso afirma que prisões estão sendo preparadas, mas não divulga detalhes para não comprometer as investigações. A expectativa é que as ações policiais interrompam o ciclo de violência.
Desafios para pacificação da área
A complexidade dos conflitos familiares dificulta a atuação policial, pois envolve questões pessoais antigas misturadas com atividades criminosas. Além disso, a lei do silêncio imposta pelo medo prejudica o trabalho investigativo.
Especialistas em segurança pública sugerem que a solução passa por ações integradas envolvendo assistência social, programas de emprego e renda, além do policiamento ostensivo. Somente abordagem multidisciplinar pode quebrar o ciclo de violência.
Portanto, o poder público precisa atuar rapidamente para evitar que outros bairros de Campo Grande enfrentem situação similar. A experiência das Moreninhas serve como alerta para toda a cidade.
Última atualização: 29 de maio de 2025
Compartilhe este conteúdo:
Publicar comentário