Influenza A: 20 estados em alerta com surto de gripe

Surto de influenza A atinge 20 estados brasileiros. Fiocruz alerta para 69% de óbitos por SRAG em adultos. MS entre os estados em alerta.

Influenza A: 20 estados em alerta com surto de gripe

Fiocruz aponta crescimento de 69% nos óbitos por SRAG em adultos

Vinte estados brasileiros enfrentam surto de influenza A, com a Fiocruz alertando para crescimento expressivo de hospitalizações e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave antes do inverno.

20 estados registram situação crítica

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente à semana epidemiológica 20 (11 a 17 de maio), classifica 20 unidades federativas em nível de alerta, risco ou alto risco. A influenza A responde atualmente por 69% dos óbitos associados à SRAG em adultos.

Os estados afetados incluem Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A região Centro-Sul lidera o avanço das infecções, mas estados do Norte também passaram a integrar a lista de risco. Consequentemente, as redes hospitalares começam a sentir pressão por leitos, principalmente pediátricos.

Baixa cobertura vacinal agrava o cenário

A cobertura vacinal contra gripe no Brasil atingiu apenas 32% da população, segundo dados oficiais. Essa baixa adesão contribui significativamente para o aumento dos casos em todo o território nacional.

Especialistas apontam que a desinformação e fake news sobre vacinas impactam negativamente a campanha de imunização. Além disso, a chegada antecipada da temporada de gripe pegou muitas pessoas desprevenidas.

O Ministério da Saúde ampliou a vacinação para todas as pessoas a partir de 6 meses de idade. Portanto, a população deve buscar os postos de saúde para garantir a proteção antes do pico do inverno.

VSR pressiona atendimento pediátrico

Paralelamente à influenza A, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causa aumento nas internações de crianças menores de dois anos. O VSR representa uma das principais causas de morte em bebês nessa faixa etária.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o VSR foi responsável por 53,6% dos casos positivos de SRAG viral. Contudo, alguns estados como Goiás e São Paulo mostram sinais de desaceleração do crescimento.

A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, destaca que a mortalidade por SRAG em crianças pequenas se aproxima daquela observada nos idosos. “Ainda não é momento de relaxar os cuidados, já que a incidência continua alta”, alerta.

Medidas de prevenção são fundamentais

A Fiocruz reforça a importância da vacinação como principal medida preventiva contra complicações graves. A vacina é anual e deve ser renovada mesmo por quem se imunizou em campanhas anteriores.

Outras medidas essenciais incluem higienização frequente das mãos, uso de máscara em locais fechados e evitar aglomerações. Ademais, pessoas com sintomas respiratórios devem manter isolamento até 24 horas após cessar a febre.

Manter ambientes ventilados, não compartilhar objetos pessoais e adotar hábitos saudáveis também contribuem para reduzir a transmissão. Portanto, a população deve estar atenta aos primeiros sintomas e buscar atendimento médico precocemente.

Última atualização: 29 de maio de 2025

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