Vício em telas: jovens de 28 anos vivem com pais sem emprego

Psicólogo Jonathan Haidt alerta: vício em telas cria jovens de 28 anos sem emprego vivendo com pais. Dependência de games e pornografia preocupa.

Vício em telas: jovens de 28 anos vivem com pais sem emprego

Jonathan Haidt alerta para dependência digital causada por games e pornografia

O psicólogo Jonathan Haidt alerta que o vício em telas está criando uma geração de jovens dependentes de games e pornografia que chegam aos 28 anos sem emprego, vivendo na casa dos pais.

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Sinais de dependência digital preocupam especialistas

Haidt explica que jovens de 14 anos desenvolvem dependência do prazer imediato proporcionado pelas telas. Eles jogam videogame intensamente e posteriormente consomem pornografia de forma compulsiva.

“Os garotos ficam tão presos que deixam de se desenvolver. Aos 28 anos, estão sem emprego, desmotivados e jogando videogame na casa dos pais”, afirma o especialista.

As telas de toque e programas são projetados para reter pessoas pelo máximo de tempo possível. Consequentemente, quando pais pedem para largar o celular e o filho fica chateado, ansioso ou irritado, isso indica dependência cerebral do aparelho.

Impactos devastadores no desenvolvimento

A dependência digital impede o desenvolvimento natural dos jovens, criando uma geração de adultos imaturos. Além disso, compromete habilidades sociais, profissionais e emocionais essenciais para a vida adulta.

Jovens que deveriam estar construindo carreiras e relacionamentos permanecem presos em ciclos de gratificação instantânea. Portanto, chegam à idade adulta sem as competências necessárias para a independência.

O fenômeno afeta principalmente homens, mas mulheres jovens também sofrem com ansiedade causada pelo uso excessivo de celulares. Contudo, os padrões de vício diferem entre os gêneros.

Orientações essenciais para pais

Haidt recomenda que filhos não tenham redes sociais antes dos 16 anos. Pais devem estabelecer limites claros sobre o uso de dispositivos, especialmente durante a noite.

“Não deixe seu filho ter qualquer tela no quarto. Eles dão um jeito de usar escondido”, adverte o psicólogo. A supervisão parental ativa é fundamental para prevenir a dependência.

Ademais, pais precisam estar atentos aos sinais de irritabilidade quando limitam o acesso às telas. Essa reação indica que o cérebro já desenvolveu dependência química dos estímulos digitais.

Recuperação é possível com mudanças

Haidt oferece esperança ao afirmar que a recuperação é viável. Quando adolescentes ficam longe das telas, sinais de melhora aparecem em 15 a 20 dias.

“Primeiro vem a abstinência, mas o cérebro se recupera. Aquele filho doce volta a aparecer”, explica o especialista. A internação não é a única solução disponível.

Quem muda os hábitos consegue voltar à vida normal porque recupera a capacidade de atenção. Portanto, intervenções precoces podem reverter os danos causados pelo uso excessivo de tecnologia.

Epidemia de transtornos mentais

O especialista é autor do best-seller “A Geração Ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”. A obra documenta os impactos da tecnologia na saúde mental juvenil.

A pesquisa revela correlação direta entre uso excessivo de telas e aumento de ansiedade, depressão e outros transtornos. Além disso, mostra como a hiperconectividade prejudica o desenvolvimento cerebral.

Os dados evidenciam que esta geração enfrenta desafios únicos na história da humanidade. Consequentemente, pais e educadores precisam adaptar estratégias para proteger os jovens dos riscos digitais.

Última atualização: 1º de junho de 2025

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